domingo, 23 de outubro de 2011

Conquista da Serra de Aire e Candeeiros

Reportagem no final das fotos:


























































































































































































































Adrenalinaaaaa, descer a Fornea de BTT só para Mega-Duros
































































O projecto de que já se havia falado fazia tempo e a promessa de ir explorar o PNSAC desta vez seria cumprida.



Dois Duros, Zézzinni e Tiagozzinni, sem medos do desafio e muito menos do tempo, que se tanto falou que ia chover, fizeram-se de corpo e alma à descoberta.
Demorámos pouco mais de uma hora a lá chegar e às 9:30 já estávamos a pedalar, mas não por muito tempo, sabíamos que ao saír de Alvados iríamos começar com uma senhora subida, para no final do passeio poder acabar ao nosso estilo, a descer.
Foram mais de 300m de altitude feitos a pé. Nesta altura, já dava para perceber pelo piso o que nos aguardava, pedra, muita pedra…



Chegados ao topo começámos desde logo a a desfrutar da vista magnifica. Estávamos com 6km feitos e nos 560m de altitude. O percurso foi bastante rolante nesta fase, passando por várias aldeias e passagem pelo miradouro/lançamento de parapentes, uma escarpa com mais uma vista que conseguíamos ver o centro de actividades ao ar livre onde estava o carro, em formato muito reduzido.



De seguida, subimos a estrada da pedreira onde tivemos a oportunidade de visitar um moinho por dentro, em perfeito estado de conservação, datado de 1943. Descida até à próxima aldeia com paragem para cafézinho e abastecimento.
Subimos até uma zona de antenas de comunicações, mais de 600m de altitude e com mais uma vista soberba, num cartaz informativo dava para perceber que ao longe, e sendo perfeitamente visivel localizava-se a cidade da Batalha e Alcobaça. Só havia um caminho, a descer, e foi aqui que as FS deram o seu melhor, pedras e mais pedras, um constante vibrar que nos fazia agarrar o guiador com todas as nossas forças.



Passagem pelo Arco da Memória, com direito a foto, seguindo-se a aldeia de Arrimal onde presenciámos um grupo de cavaleiros e um artista que coloca carros antigos em cima de bidons, vai-se lá saber o porquê, foi nesta aldeia que nos deparámos com a segunda subida do dia, embora estradão mas com uma inclinação acentuada nos últimos 100m.



Os restantes km foram a rolar sempre com pedras, o que não nos permitia ir a grandes velocidades, e com a paisagem, infelizmente, toda queimada de um incêndio enorme de há uma semana atrás.Faltavam apenas 10km para terminar, e foi aqui que tivemos o único precalço do passeio, respeitando o track entrámos numa selva de silvas ao ponto de ter originado o primeiro e único furo da volta. Decidimos voltar atrás ao alcatrão e procurar outra alternativa, na aldeia de Covas encontrámos duas senhoras locais que aconselharam ir pelo alcatrão, pensávamos que estávamos bem mais longe do nosso objectivo, 3km mais à frente estávamos de volta ao track e a deslumbrar a famosa Fórnea e a sua elevada altitude. Era nestes momentos de adrenalina que atirávamos as nossas fraquezas para trás e seguiamos em frente, o PNSAC é conhecido pelos seus imensos muros de pedras, ao longo de quase 60km nunca deixámos de ver estes muros, e felizmente nunca tivemos que os saltar, apenas 2 portões tentavam impedir a nossa passagem a 2km do fim. Facilmente ultrapassados, demos início ao que seria um final em grande estilo, a descida do caminho do castelejo, um single sempre a descer ao longo da falésia, não aconselhado a quem sofra de vertigens e muito menos do coração, digno de Duros, foi o ponto alto desta volta.






Quem nos visse não diria que já tinhamos contornado meio parque natural da Serra de Aire e Candeeiros, a adrenalina estava no pico, foram 15 minutos sempre a descer. Concluimos que esta descida ficou no top 5 do SSD.



Cá em baixo, no centro de actividades ao ar livre, o Senhor António Pardal, Presidente da Junta de Freguesia da Alvados, recebia-nos com uma enorme simpatia. Cedeu as instalações para o nosso mais que merecido banho, com a promessa que voltariamos um dia, despedimo-nos, agradecendo vezes sem conta.



O segundo ponto alto deste passeio estava guardado para o fim… Na aldeia de Livramento está situada a Tasquinha D. Maria, eleita uma das 12 melhores tascas de Portugal, a qual serve refeições a qualquer hora. Pratos só tem grelhados, peixe ou carne, quejinhos, vinho e doces caseiros. 330 gramas de bife para cada um, salada, queijos, batatas e pudim caseiro foi mais que suficiente para ficarmos bem abastecidos.



A viagem prosseguia, e desta vez com paragem em Santarém, o Festibike este ano não estava na nossa lista de prioridades, mas como tinhamos convites, fizemos questão de fazer o desvio, tudo visto em pouco mais de uma hora e estava mais que na hora de regressar aos nossos lares.

Foi um dia digno de Duros, um desafio é sempre um desafio, sabíamos que poderia ser difícil, mas a força de vontade, e a disponibilidade, superam sempre. Se podia chover, podia, mas não choveu, e mesmo que chovesse não seria impedimento.
Ficámos mais cultos, apreciámos o que o nosso país tem de melhor e fizémos mais uma conquista.

Distância: 57,4km Tempo total: 6h64m Acumulado: 1341m

Agradecimentos:



C.C. (pelos bilhetes do Festibike)
Sr. António Pardal ,Presidente da Junta de Freguesia de Alvados
(disponibilizou os balneários)
Às duas senhoras da aldeia de Covas (pelas indicações)
À Tasquinha D. Maria (por servirem refeições a qualquer hora).




4 comentários:

  1. Grande volta e descer a Forneaaaaaaa foi... alucinante.
    JC

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  2. Muito bom,é mesmo para duros, gostava de ter participado na Aventura. Para a Proxima Pedalada contem comigo.
    Abraço

    Boas Pedaladas :)

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  3. Parece ter sido um grande passeio! Também já tenho saudades dumas pedaladas... ;) Abraços!

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  4. Há o track disso?
    Se poderem enviem para o e-mail sff

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