terça-feira, 26 de abril de 2011

Travessia Alentejana!

No belo fim de semana Pascal de 2011, os duros do SSD resolveram fazer a Travessia Alentejana. Cerca de 300km, 3 dias, desde Marvão até Minas de S. Domingos. S. Pedro trocou-nos as voltas, acabámos por fazer os mesmos 300km mas acabados em Serpa, ao som de tambores e procissão.

1º dia, Sexta-feira Santa, dia 22 de Abril. 4h30 da manhã, hora do pessoal da zona de Sintra e Cascais levantarem os traseiros ainda frescos e pouco massacrados da cama para o rendez-vous na Caparica em casa do Zé Carlos…transfer de bikes e os 3 mosqueteiros seguem no Citroen C3 a caminho de Vale de Cavalos, para encontrar com o 4º mosqueteiro Tiago e respectiva mosqueteira adjunta honorária Tânia. Primeiro reforço alimentar, transfer de bikes e seguida para Marvão City. Partida de Marvão City às 9h15m como previsto…já com os fatos de mergulho e debaixo de chuva torrencial. Aproveitando a paisagem da fantástica serra de S. Mamede, sempre na vertente Este junto à fronteira, passando por vários pontos de beleza ímpar. Passamos por trilhos, matagal amazónico, pinturas rupestes, e finalmente chegando à hora do reabastecimento nos 3 Aferidos, com um belo arroz de marisco e (muitos) rissóis que estavam uma delícia. Mas como a nossa vida não é comer (supostamente…), voltamos à carga e seguimos novamente na serra até chegar à civilização nabeirense de Campo Maior, onde se vislumbravam vinhas e, claro, a famosa fábrica Delta. Mais umas pedaladas chuvosas e chegamos a Elvas, onde aterramos numa simpática pensão. Banhito quente ou semifrio, consoante a sorte, roupa lavadinha e lá vamos nós jantar. 4 marmanjos de barba por fazer, havaianas e calções de praia em Elvas à noite com 12ºC …claro que no restaurante tiraram-nos o retrato e o atendimento deixou muito a desejar. Mas não se comeu mal de todo e a gorjeta de 1 cêntimo pode ter servido de incentivo para próximas vezes…Em resumo…um óptimo dia de início!

2º dia…Sábado 23/04. LAMA!!!! Um dia desastroso…fazer BTT é diferente de lavrar campos…para isso há tractores. Saída de Elvas em direcção ao Rosário, onde supostamente estaríamos às 13h00 para o Tiago ser apanhado para os seus compromissos sociais – casórios, baptizados, etc. No entanto, após saltar 15 vedações farpadas, nesse dia ainda não havia eléctricas, e após uma interessante conversa tête-a-tête com o dono duma herdade por nós trespassada, só conseguimos chegar a Mina do Bugalho às 15h30, rendez-vouz alternativo ao Rosário, bem depois do previsto. Já sem a voz da consciência do Tiago para nos relembrar os kilómetros que faltavam, resolvemos parar nessa bela terriola para umas bifanas, batatas, colas e tudo o que conseguíamos apanhar à frente. Isto quando em som de fundo ouvimos as conversas dos locais que estavam sentados a beber as suas minis e jogar à bisca…”Marvão…Elvas…Mourão…Minas…há gente mesmo tarada!!!!”. É sempre um incentivo! De qualquer modo, o Zé já tinha aterrado no banco e pensava que estava numa praia nas Caraíbas…solzinho fantástico, bifanas….é que ninguém o tirava de lá.  Mas com esforço lá voltámos a pedalar…para passados 5km apanharmos uma brutal chuva de granizo que nos fez parar de emergência numa bomba de gasolina e finalmente…acabar no Alandroal, bem ensopados, no ponto de chegada deste dia. No Alandroal sim, muito bem atendidos, pensão fantástica – para nós que vínhamos todos rotos, molhados e enlameados, parecia um SPA! – e um belo jantar com migas à alentejana, ensopado de borrego e carne de porco à alentejana (que segundo consta trazia amêijoas…)…bem regados pelo Convento de Vila, vinho DOC de Borba :) do melhor. Já para não falar nos “nogados” da pensão…uma raridade gastronómica da doçaria alentejana! Foram 67km a pedalar para ficarmos a 31km do ponto de partida…coisa estranha. Mas enfim, dia mais difícil mas vale sempre a pena!

3º dia, Domingo de Páscoa…muitos kilómetros para recuperar. Partimos cedo para chegar logo a Mourão assim que possível, 50km de estrada a bom ritmo. Em Mourão regressámos aos trilhos, e à lama. Mais umas vedações para saltar e, em particular, uma dessas vedações era eléctrica...bom, um relógio de pulso e um poste de alta tensão também são coisas “eléctricas”…mas não são tão parecidas assim. Seja por falta de conhecimento e/ou humildade perante as leis da física, ao passar a bike por cima da vedação o Ricardo e Tiago foram brindados com uma ferroada da dita cuja em que só faltou verem-se os esqueletos e ficarem com o cabelo em pé a deitar fumo…10.000volts muito simpáticos. Vaca, ovelha e BTTista sofre… em desespero de causa, e para evitar novos esticões similares, de regresso à estrada. De registar a bela vila de Póvoa de S. Miguel, terra mistério onde a ASAE nunca entrou. 3 cafés, 1 só serve bebidas (dispensador de minis…), outro não tem nada que se coma, só bolos manhosos, e o outro servia almoços “mas ia fechar”. É a crise, em pleno Alentejo. E nós cheios de fome…enfim. Valeu a simpatia dos locais, que pararam de jogar a bisca e beber as minis para olhar de lado os 4 forasteiros vestidos de Lycra laranja, alguns até a pôr protector solar…foi o momento mais gay da nossa travessia. Valeu também uma cena onde no meio do nada nessa povoação, na estrada deserta, se vêem 2 carros parados com uma condutora a dar de mamar à criança enquanto chega a GNR para fazer o auto. Muito bom. Parecia tirada dum filme do Emir Kusturica tipo “Gato preto, gato branco”…. Enfim…e a saga continuou! A partir daí foi só pedalar na estrada, sempre a 30km/h até ao destino – Serpa – onde chegámos ao som de tambores e cortejo. Até pensávamos que era para nós, nada mais natural, mas afinal parece que era em honra da Nª Sraª de Guadalupe…enfim, são critérios. Acaba-se a travessia em beleza com 2 travessas de caracóis e 2 imperiais cada, ao sol alentejano de Abril. Muito bom!

Foi uma experiência fantástica, a repetir seguramente. No entanto, lições a tirar:

1. Não deixar a lata de cola que se está a beber perdida na casa de banho da associação recreativa da Mina do Bugalho.
2. Não levar boiões de vidro.
3. Nunca dizer aos donos das herdades: "andamos perdidos..." quando temos um GPS enorme agarrado ao guiador.
4. Respeitar sempre as cercas eléctricas…são para vacas! 10.000Volts ainda doem para caraças....
5. Quando vestidos de lycra preta e cor de laranja, não colocar creme protector ao entrar numa terra de machos alentejanos agarrados às minis.
6. Não pensar que os cafés no alentejo servem comida a estranhos em menos de 20-25 minutos.
7. Aliás, não pensar que os cafés no alentejo servem comida a estranhos, ponto. Só minis.
8. Aliás, não pensar que os cafés no alentejo servem comida, ponto. Só servem mesmo minis, parecer ser o (único) alimento regional.
9. Não pensar que por queimarem 15000 calorias em 3 dias se podem comer 20000.
10. Não perguntar 312 vezes qual a logística dos carros. Aceitar apenas.


























































































segunda-feira, 25 de abril de 2011

O que não nos derruba, torna-nos mais DUROS.
Continuaremos a Subir e a Descer Duramente.

1º dia - Marvão - Elvas 109 kms e 1750m acumulado e muita chuva
2º dia - Elvas - Alandroal 73 kms e 1010m acumulados, tivemos de alterar o percurso devido à muita lama, demorámos o dia quase todo para fazer 1 terço do percurso previsto estava-se tão bem na Mina do Bogalho.
3º dia - Alandroal - Serpa 130 kms 1450m acumulados e percurso muito alterado, devido à muita lama e aos choques electricos das vedações, muita estrada até Serpa e ficámos por ali, as imperiais e os caracois estavam optimos.

















quarta-feira, 13 de abril de 2011

Rota do Choco Frito

Mais um grande dia de BTT, foi no domingo 10, pelas 8.15h que partimos do Pragal em direção a Setúbal. 112 km com 1800 de acumulado de subidas. Estiveram presentes o Zé, Tiago D., R. Garcia, Ricardo V. e Bruno M. Foram 7h 30m a pedalar e alguns não conseguiram evitar o escaldão, até chegarmos a Setúbal passámos pela Costa da Caparica, F. da Telha, Meco, C. Espichel, Sesimbra, Azeitão e finalmente Setúbal. No menu tivemos Bifanas, Tortas de Azeitão e o belíssimo Choco Frito bem conhecido em Setúbal. No final, todos concordaram que foi um bom treino para a “Travessia Alentejana” que os Duros vão fazer no FDS da Páscoa.